Como é bom pôr os pontos nos iis, pôr as cartas na mesa,
Carregar no stop antes de passar para a próxima faixa...
Como é bom filosofar de vez em quando, questionar e interrogar
Como é bom ser apenas humana, com uma alma e um coração
Com mil defeitos e algumas qualidades, mas com vida cá dentro...
Como é bom deixar de vez em quando inundar o forte que nos separa do mundo
Há que ir ao mais fundo de nós e arrancar raízes apodrecidas
Para não deixar que o coração se cubra de ervas que o sufoquem
Para que possam nascer ali novos rebentos de vida duradouros
Como é bom ter medo e aprender a tê-lo como um amigo
A quem temos de dizer adeus quando o caminho assim o exigir
Como é bom sentir o medo a ficar pequenino e nós a crescermos...
Como é bom deixar a nossa luz brilhar bem alto, sem que ela nos ofusque
Sem deixar que atraia corsários que ataquem os nossos Portos seguros
Como é bom zangarmo-nos com o nosso Eu para que mais um passo se avance
Como é bom dar as mãos a Outros que nos ajudem a desvanecer cicatrizes
Mas é preciso saber largar essas mãos porque é preciso caminhar sozinho
E procurar não apenas umas mãos que nos apoiem mas uma Vida por inteiro...
E chega de filosofias por hoje...
Mikashi
(Para a minha irmã perita na arte de filosofar e na arte de apaziguar almas perdidas...)
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