quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Anjo & Diabo

Adormeci nos braços de um anjo e um diabo e ambos velaram meu sono. Acordei dividida entre a serenidade e o êxtase, a coragem e o medo. E dancei com os dois a dança da Vida, equilibrando me nos seus ombros. Amo os dois de alma e coração, pois ambos fazem parte de mim. Carolina

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

A galáxia num momento

Aproveitar o momento, parece o cliché mais cliché que dizemos. Mas também é a verdade mais verdadeira. Porque os momentos passam à velocidade-luz, atirando-nos para a cauda de um cometa em órbita. Se não soubermos apreciar cada planeta, asteróide, estrela ou os anéis de Saturno a cada instante em que nos cruzamos, ficaremos perdidos num buraco-negro entre o que foi e o que será. Por isso, há que saborear esta viagem em volta da nossa galáxia chamada Vida. Hoje. Agora. Neste segundo. Carolina

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Fruta Fresca

A vida é curiosa...oferece-nos oportunidades de fruta fresca quando muitas vezes estamos viciados em fruta de conserva. Cheia de conservantes, corantes e outros químicos que nos intoxicam. Quando finalmente nos damos ao trabalho de subir à árvore da Vida, saboreamos por fim, o sabor enriquecedor do que é natural, verdadeiro e puro. Com as cores vivas da mãe-Terra e o brilho do pai-Céu. E percebemos que manter as coisas numa lata, por muito bom aspecto que tenha, é uma ilusão. Prefiro o real sabor do que nos adoça a boca, de forma saudável. Carolina

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Há dias assim...

Há dias assim. Simples, sem alarido, sem fogo de artificio. Mas com a vibração certa para nos fazer dançar na cadeira. Para sorrirmos para o computador, para o espelho, para o espanador, para fotos lindas. Para nós mesmos. Porque tudo está certo. Porque as pequenas coisas, as mais simples mas verdadeiras são aquelas que nos fazem respirar muitas vezes mais fundo. Por isso é que é tão importante respirar de forma profunda a cada momento. Quer seja entre um aspirador e as arrumações ou à beira de um rio mágico sem nome. Carolina

sábado, 18 de agosto de 2018

Gramática da Evolução

Já me escondi, já fugi, já recuei. Já temi e já tremi. Mas apesar destes verbos conjugados de forma irregular, encontrei a conjugação mais-que-perfeita da minha Vida: Continuar! e hoje dos verbos que me levam mais-além, retiro o Condicional e a Voz Passiva e dou mais valor ao Presente do Indicativo na 1ª pessoa do singular, abraçando depois o Plural de um Nós, para uma nova Gramática chamada Evolução Carolina

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

(Dese)Hábitos

Há hábitos que pensámos ser Porto seguro, abraço e abrigo. E alimenta-se esses hábitos todos os dias qual oferenda a algo exterior com medo das tempestades que rugem para lá do Horizonte. Até que um dia se deixa de ter medo da trovoada e quebram-se hábitos... e descobre-se um Novo Mundo. Um Mundo em que o Descobridor e o Descoberto são um só. Em que não há colonizar e conquistar mas partilhar e sentir de forma verdadeira. Em que a serenidade fala mais alto do que a vertigem e o silêncio diz mais que discursos sem conteúdo. E o Porto seguro afinal existe onde quer que vamos, dentro de Nós. ☆ Carolina

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Sonho de uma noite de Verão

Num sonho de uma noite de Verão sonhei que viajava contigo num avião de papel. As instruções de vôo eram as palavras que guardei nas malas de viagem debaixo da minha cama, à espera que a torre de controlo do Universo desse luz verde para novas rotas desenhadas no meu sorriso ☆ Carolina

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Jardim da Vida

É maravilhosa a sensação de respirar ar puro da alma, quando nos dedicamos ao nosso jardim interior. Tão descuidado, desleixado e abandonado tantas e tantas vezes. Dá trabalho cuidar deste jardim. Encontramos umas teias de aranhas, uns animais esquisitos que fizeram ninho onde não deviam e com aspecto que mordem. Picamo-nos nos espinhos das dúvidas, as urtigas dos medos fazem comichão e ainda corremos o risco de encontrar umas flores carnívoras que apareceram sabe-se lá de onde. Mas quando regamos com água-de-amor e adubamos com compostos naturais de verdade e coragem, vemos um paraíso a surgir do meio dos fetos gigantes que vivem nas nossas sombras. Da minha parte prefiro cultivar as flores campestres, mais sinceras, resistentes e verdadeiras. Dispenso as flores de estufa que morrem ao primeiro golpe de ar. As exóticas, cada um que cuide das suas. Elas sobrevivem nos seus terrenos originais e sucumbem se forem transplantadas, porque não é o habitat delas. Gosto de árvores da Vida também. Que criam raízes fortes e se elevam aos céus. E falam connosco, de tempos idos e de tempos por vir. Que só morrem se incendiarmos as nossas alegrias e esperanças. Tenho muito a aprender ainda sobre jardinagem. Mas desde que comecei...apaixonei-me por este meu jardim. Tão Meu. Carolina

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Mapa do Tesouro

Cada um de nós é um mapa. Mapa de um tesouro que se chama essência. Quanto sentimos que a essência do Outro nos cativa, temos que respeitar os sinais traçados no mapa, saber ler enigmas que muitas vezes não se traduzem em palavras e reconhecer caminhos já antes percorridos. Devemos estar preparados para labirintos sem saída, precipícios inesperados e quedas de água abruptas. Mas também podemos ser surpreendidos com campos verdejantes de tranquilidade, fogueiras ao anoitecer, o pôr-do-sol em silêncio e um oceano que nos apetece navegar. Basta saber que cada mapa é único e deixar-nos guiar pelas estrelas que ligam os céus da nossa Vida. E chegaremos a bom Porto. Onde sabemos que estamos em casa. Carolina

terça-feira, 7 de agosto de 2018

A felicidade dá trabalho

A felicidade dá trabalho, dá sim, já li em alguns outros textos e não podia concordar mais. Às vezes acho que não somos mais felizes, por uma questão de preguiça e comodismo. E esse trabalho é connosco mesmo. É acreditar a cada manhã, que apesar das patetices do dia anterior, hoje vamos conseguir ser emocionalmente inteligentes, é arrumar sem raiva os pensamentos negativos que atravessam a mente qual melgas à procura de sangue. É a cada noite ter a certeza que se tentou um pouco mais fazer aquilo que o nosso espírito nos sussurra. E não aquilo que é mais conveniente ou para aprovação. É não esquecer a meio do dia de dar uma forcinha a nós próprios, tipo Ei, não está tudo a correr tão bem, mas vamos lá, a tua força é imensa. Se não fizermos nada disto, somos atropelados por uma manada de bisontes que são as nossas desilusões. Por isso há que levantar e andar, para além do horizonte e se for preciso caminhar até ao fim do mundo que conhecemos. E ter a certeza que a felicidade está é nesses passos. Esmorecer é fácil, basta encostarmo-nos a um canto e deixar as horas passar. O difícil mas que dá cá uma genica, é levantar e continuar. Over and over again. Por isso vamos trabalhar. Sem preguiça. Porque merecemos ser felizes. A cada momento. Carolina

domingo, 5 de agosto de 2018

Águas de Vida

A vida é como a água do mar...Temos receio que esteja fria, e vamos metendo o pé a medo. Arrepiamo-nos e dá-nos vontade de voltar a correr para a toalha. Para a areia firme. Mas pensamos, oh mas vir à praia e não ir à água é um desperdício. E metemos o outro pé. Se vemos uma zona calma, ganhamos mais confiança e vamos entrando lentamente. Confortados também pelos outros que brincam alegramente na maré baixa. Mesmo assim há que ter cuidado com os declives súbitos. É preciso manter o foco, e estar preparado. Saber recuar quando necessário e passar a rebentação quando a maré começa a subir. Claro que há dias em que todos os sinais nos mandam ter calma, e isso faz parte do caminho da vida também. A atenção ao perigo. Mas há sempre alturas em que vale a pena ir um pouco mais longe. Deixar a margem e a terra segura. E nadar juntamente com os nossos sonhos :) e quem sabe atrever a mergulhar na Vida que espera por nós :) Carolina