domingo, 25 de novembro de 2018

Sol

O Sol entra pela janela da Vida, cruzando as nuvens, sem medo, sem hesitar, numa luta que nem sempre vence. Mas permanece lá, estóico, vivo, latejando energia que emana sem precisar de ser visto. E quando as nuvens se cansam e se dissipam, e a chuva fez o seu trabalho de limpeza e nutrição, ele volta, renovando a esperança, guiando, iluminando e aquecendo os corações. Facilmente perdemos a esperança quando vemos o cinzento, em vez de esperar que o ciclo da Vida continue, ao seu ritmo, confiando. Mas o Sol está lá, rindo-se da impaciência humana. Já viu acontecer o mesmo durante milhões de anos, porque a humanidade não percebe a relatividade do tempo, nem a necessidade de saber esperar pelo tempo certo. Carolina Luisa

domingo, 11 de novembro de 2018

Saber Podar

O ciclo das estações opera em nós, convidando-nos a semear, regar, adubar, colher...e é importante também podar. Por muito que custe, é importante para novos rebentos nascerem, para a nossa árvore ganhar mais força, mais Vida. Há que saber podar, com cuidado e gentileza mas sem medo. Carolina

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Árvore da Vida

Minha árvore da Vida, tatuada na minha pele, com seiva cor do meu sangue, frutos da minha emoção, flores da minha paixão. Minha árvore da Vida alinhada no meu tronco, com raízes profundas na mãe-Terra e ramos que se esticam em direcção ao céu. Minha árvore da Vida, onde descansam amigos, nascem e morrem amores fecundos, se alojam medos e esvoaça a coragem com ninho no coração. Minha árvore da Vida, parte de mim & Eu inteira, sem sonhos caducos e força perene atravessando as estações. Carolina

domingo, 4 de novembro de 2018

O poder da Palavra

Hoje lembrei-me do filme "As palavras que nunca te direi"...não pelo filme mas pelo título em si. E compreendi que sempre disse muito mais nos meus textos, poemas e canções que ia cantarolando e de que sou hiper-fã, do que palavras "a sério". Daquelas sem metáforas. Sem figuras de estilo. Pleonasmos ou redundâncias. Palavras despidas de enfeites, raramente as disse. Guardei-as para a objectividade da Ciência e separei-as das irmãs que vivem na Emoção. A essas, cobri de purpurinas, acrescentei-lhes muitas vírgulas e infinitas reticências. E esperei que para bom entendedor, isso fosse suficiente. Mas muitas vezes não foi. E muitas palavras caíram num vazio que o tempo arrastou. E perderam-se sem eco, para todo o sempre. Talvez seja tempo de fundir a Ciência Exacta do que quero expressar com a Emoção contida em cada palavra e redescobrir o poder da palavra. Carolina