Ontem enquanto corrigia exames, encontrei 
uma resposta que me marcou. Dei uma gargalhada mas depois pensei: uou, 
foi profunda. O aluno tinha de escrever um termo e justificar a escolha.
 Apenas escreveu o termo porque não sabia a justificação e acrescentou 
uma nota a dizer "Não copiei, segui a minha intuição". E porque não 
fazemos mais isto na vida? Arriscar a escrever
 nos exames da nossa vida a resposta que a intuição nos diz.  Mesmo que 
não saibamos o porquê. Quantas vezes não arriscamos com medo de errar? A
 intuição está connosco sempre. Mas tem uma linguagem muito própria. E 
como em todas as línguas temos de começar por entender as palavras, 
depois as frases e só depois os grandes textos que a intuição nos 
recita. 
 E continuando nas filosofias do dia-a-dia...vejo e vivo 
muita coisa que me deixa a pensar como o ser humano é um mar de 
contradições, de medos, de inseguranças, de ciúme. Mas no fundo calmo 
deste oceano da alma reside a paz, o amor, a dádiva, a partilha, a 
amizade e a confiança. E muitas vezes só conseguimos perceber a nossa 
verdade mais íntima quando nos atrevermos a explorar esse fundo 
oceânico. Claro que no meio dessa travessia encontramos sempre fundos 
escuros e turbulência. Mas vale a pena. Porque de facto, a fronteira 
entre o certo e o errado é invisível. Apenas existe a nossa verdade. 
Carolina
Sem comentários:
Enviar um comentário