sábado, 4 de julho de 2015

Filosofias soltas

Ontem enquanto corrigia exames, encontrei uma resposta que me marcou. Dei uma gargalhada mas depois pensei: uou, foi profunda. O aluno tinha de escrever um termo e justificar a escolha. Apenas escreveu o termo porque não sabia a justificação e acrescentou uma nota a dizer "Não copiei, segui a minha intuição". E porque não fazemos mais isto na vida? Arriscar a escrever nos exames da nossa vida a resposta que a intuição nos diz. Mesmo que não saibamos o porquê. Quantas vezes não arriscamos com medo de errar? A intuição está connosco sempre. Mas tem uma linguagem muito própria. E como em todas as línguas temos de começar por entender as palavras, depois as frases e só depois os grandes textos que a intuição nos recita.
E continuando nas filosofias do dia-a-dia...vejo e vivo muita coisa que me deixa a pensar como o ser humano é um mar de contradições, de medos, de inseguranças, de ciúme. Mas no fundo calmo deste oceano da alma reside a paz, o amor, a dádiva, a partilha, a amizade e a confiança. E muitas vezes só conseguimos perceber a nossa verdade mais íntima quando nos atrevermos a explorar esse fundo oceânico. Claro que no meio dessa travessia encontramos sempre fundos escuros e turbulência. Mas vale a pena. Porque de facto, a fronteira entre o certo e o errado é invisível. Apenas existe a nossa verdade. Carolina

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