Num jogo de xadrez em tabuleiro minado, fui peão em casa alheia.
Rumei directa ao meio-campo e sem me dar tempo a recuar fui derrubada pelo Cavalo, soldado solitário do Amor, que cavalga sem freio.
Tentei escalar a Torre do Castelo, erigido nas Nuvens, mas resvalei com a derrocada provocada pelas Tempestades que atormentam os Sonhos.
Reergui-me e tentei uma nova estratégia mas fui apanhada nas teias da luxúria, mandadas erguer pela Raínha que tem o cognome de Sedução.
Fui expulsa pelos serviçais do Bispo, senhor feudal avarento que cobra impostos ao coração mas subitamente, surgiram os Peões do meu Pelotão, fiéis companheiros de jornada que nunca abandonaram o flanco e protegeram a rectaguarda.
E numa reviravolta surpreendente, fiquei frente-a-frente com o Rei assustado e Eu, com um sorriso nos lábios e um brilho no olhar, entreguei-lhe um novo decreto, agora promulgado, onde se lia: XEQUE-MATE!
Gostei do tom irónico com que escreveste! Apesar de lhe chamar "ironia", quase me atreveria a dizer "eufemismo"... mas o que relamente gostei, foi de saber ler nas entrelinhas do roteiro por ti marcado neste emocionante jogo de Xadrês ;)
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