segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Jardim da Vida

É maravilhosa a sensação de respirar ar puro da alma, quando nos dedicamos ao nosso jardim interior. Tão descuidado, desleixado e abandonado tantas e tantas vezes. Dá trabalho cuidar deste jardim. Encontramos umas teias de aranhas, uns animais esquisitos que fizeram ninho onde não deviam e com aspecto que mordem. Picamo-nos nos espinhos das dúvidas, as urtigas dos medos fazem comichão e ainda corremos o risco de encontrar umas flores carnívoras que apareceram sabe-se lá de onde. Mas quando regamos com água-de-amor e adubamos com compostos naturais de verdade e coragem, vemos um paraíso a surgir do meio dos fetos gigantes que vivem nas nossas sombras. Da minha parte prefiro cultivar as flores campestres, mais sinceras, resistentes e verdadeiras. Dispenso as flores de estufa que morrem ao primeiro golpe de ar. As exóticas, cada um que cuide das suas. Elas sobrevivem nos seus terrenos originais e sucumbem se forem transplantadas, porque não é o habitat delas. Gosto de árvores da Vida também. Que criam raízes fortes e se elevam aos céus. E falam connosco, de tempos idos e de tempos por vir. Que só morrem se incendiarmos as nossas alegrias e esperanças. Tenho muito a aprender ainda sobre jardinagem. Mas desde que comecei...apaixonei-me por este meu jardim. Tão Meu. Carolina

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