sábado, 8 de agosto de 2015

Há dias assim...

Há dias assim...que se acorda com a bandeira branca no coração em que simplesmente deixamos as horas fluir. E em que se absorve as palavras ouvidas na noite anterior. E o julgamento aos outros fica mais leve ao contrário dos outros dias em que muitas vezes transformamos ideias diferentes numa pena capital. Somos todos realmente diferentes. Com vidas, experiências e sensibilidades diferentes. A maior riqueza da vida é ser flexível. Com a Vida, com os outros e connosco mesmos. Porque se demoramos quase 20 anos a acabar os nossos estudos académicos não podemos esperar que a nossa aprendizagem enquanto seres humanos e almas universais se faça de um dia para o outro. E se muitos de nós tiramos cursos diferentes, é evidente que também vivemos os dias de modo desigual. Mas isso não faz de nós nem melhores nem piores. O que nos transforma em seres menos luminosos é a nossa inflexibilidade perante o outro. A impaciência. E a tentativa de controlo. Tentamos muitas vezes controlar o amor do outro, a vida, as horas, as rotinas, os desejos. E isso é a sentença de morte numa relação. Seja ela qual for. Se os anjos conseguem amar tantas almas, porque não podemos nós também amar tantas pessoas lindas à nossa volta? Começando de dentro para fora.
Por isso hoje sou grata pela bandeira branca que hasteei durante o dia. Não semeei gritos nem resmunguices. Não reguei a discórdia nem a mágoa. Não me culpei de nada nem me aborreci comigo mesma. Acho que hoje ganhei a batalha comigo mesma. A maior e mais duradoura das batalhas. Que só se consegue ganhar dia-a-dia, com uma infinita paciência e uma vontade de aprender. Gratidão. Carolina

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