Há dias assim...que se acorda com a bandeira branca no coração em que simplesmente deixamos as horas fluir. E em que se absorve as
palavras ouvidas na noite anterior. E o julgamento aos outros fica mais
leve ao contrário dos outros dias em que muitas vezes transformamos
ideias diferentes numa pena capital. Somos todos realmente diferentes.
Com vidas, experiências e sensibilidades diferentes. A maior riqueza da
vida é ser flexível. Com a Vida, com os outros e connosco mesmos. Porque
se demoramos quase 20 anos a acabar os nossos estudos académicos não
podemos esperar que a nossa aprendizagem enquanto seres humanos e almas
universais se faça de um dia para o outro. E se muitos de nós tiramos
cursos diferentes, é evidente que também vivemos os dias de modo
desigual. Mas isso não faz de nós nem melhores nem piores. O que nos
transforma em seres menos luminosos é a nossa inflexibilidade perante o
outro. A impaciência. E a tentativa de controlo. Tentamos muitas vezes
controlar o amor do outro, a vida, as horas, as rotinas, os desejos. E
isso é a sentença de morte numa relação. Seja ela qual for. Se os anjos
conseguem amar tantas almas, porque não podemos nós também amar tantas
pessoas lindas à nossa volta? Começando de dentro para fora.
Por
isso hoje sou grata pela bandeira branca que hasteei durante o dia. Não
semeei gritos nem resmunguices. Não reguei a discórdia nem a mágoa. Não
me culpei de nada nem me aborreci comigo mesma. Acho que hoje ganhei a
batalha comigo mesma. A maior e mais duradoura das batalhas. Que só se
consegue ganhar dia-a-dia, com uma infinita paciência e uma vontade de
aprender. Gratidão. Carolina
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