Há dias em que o caminho parece chamar, com aquele encanto de sereia em
alto-mar. Chama, apelando à ida sem destino, sem meta, apenas em
circum-navegação pelas linhas do mapa d'Alma. Mas há que resistir ao
feitiço da ida. Porque é importante ficar. Neste marco geodésico onde
sabemos que é preciso acampar, fazer uma fogueira e olhar as estrelas,
em silêncio. Nas estrelas veremos o reflexo do espelho do olhar e
saberemos ler o que está traçado cá dentro, nas vias-rápidas onde
circula o sangue. E saberemos quando é altura de ir. Por ora, é tempo de
sentir a alma do caminho, de olhos fechados, mas com o coração-flor
desabrochado.
Carolina
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