Olho o céu, com ar interrogativo mas sereno rapidamente este meu olhar curioso. Sinto a chuva nas nuvens, como um rebento de vida latejando nas artérias do meu corpo. Olho o horizonte em frente. Sei que a chuva será a minha companhia nesta viagem. Salto, com um pequeno pulo, para o meu barquito. Remendei as velas que estavam um pouco estragadas desde a última tempestade e confirmo que a madeira do chão está bem isolada. Não gosto de pés molhados. Esfriam-me a alma.
Devagarinho levanto a âncora e tiro a corda do cais. Iço as velas e seguro firme no leme, rodando um pouco para a direcção que o mapa dos mares do meu coração indica. As nuvens começam a ficar mais ameaçadoras. Mas já estou habituada a estas tempestades e já sei qual o segredo para eu encontrar o meu amado horizonte, meu amante de cada fim de dia.
Com um gesto rápido e preciso, desdobro o meu arco-íris em forma de sorriso e sigo o meu rumo protegida por este que é o melhor guarda-chuva do Universo, pois tem o poder infinito de impedir que a minha vontade se afogue nas águas do medo! Mikashi/Carol
(imagem do jogo Dixit)
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