Cansei-me da desilusão...nunca foi minha amiga, muito menos boa
companhia. Despedi-a por justa causa. Sou energia que faz multiplicar
sorrisos, não quero dividir comigo mesmo as vibrações das expectativas
ilusórias.
Para quê ocupar espaço da minha alma com fracções de
lugares e pessoas se tenho o infinito como meta? Quero números inteiros
de tudo e denomidores comuns. O lógico não me chega, quero conhecer as improbabilidades dos acontecimentos aleatórios.
Quero saborear muito mais do que sou , porque chega de sentir apenas as
gotas de orvalho na pele, quero mergulhar até à mais profunda parte de
mim, onde sou raíz e asas.
A vida ensina-me a não me apegar ao
caminho porque sou uma nómada em circum-navegação . Dúvidas são
permitidas mas não estão autorizadas a ficar tempo demais.
Corro,
corro, às vezes depressa demais, outras vezes respeitando os tempos das
paragens obrigatórias. Descalço-me de medos, quero sentir o agreste dos
meus trilhos nos meus pés que desenham passos de dança.
Desisti de
ficar à espera de um outro Sol, pois sou estrela-maior da minha galáxia
feita d'alma e coração. Eu sou movimento em órbita não definida e deixei
de me importar com os eclipses, afinal são passageiros....
Carol Mikashi
Não devo dizer nada...
ResponderEliminarNão quero dizer nada...
para não estragar esta linha de pensamento e/ou sentimento tão liberto de medos e seguro de que as desilusões, só mesmo de passagem.
Também corro como sabes, mas, finto algumas paragens. Sou selvagem e (ainda) obstinada, resistindo a seguir certos ditames que dizem ter hora certa.
Como é delicioso ler-te <3