quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Vida Minha

Vida minha, hoje és minha companheira. Ontem eras uma estranha, que eu receava conhecer. Podias assaltar-me a alma, roubar-me o pouco que tinha e magoar qual seta certeira em alvo fácil de abater... Hoje, Vida, és minha irmã, minha confidente. Deixei-te entrar no meu lugar encantado e transformaste os tesouros que eu guardava qual relíquia, em pura areia...porque as pérolas, safiras, rubis e esmeraldas descobri-os quando me olhei ao espelho e sorri, em cada um dos que vi ao meu lado nesse reflexo. E descobri um brilho de diamante no centro desse espelho, onde via apenas grafite que desenhava sonhos. 

Mikashi/CL

domingo, 25 de novembro de 2012

Castelo da Vida


Não há portas interditas no Castelo da Vida. Aprendi ontem que mesmo que se tenha de subir muitos degraus, trepar às ameias do castelo ou percorrer corredores escuros...não há nenhuma porta que esteja fechada à nobreza da nossa Alma...E dei por mim com asas nos pés, a rodopiar nos braços de príncipes no salão nobre deste Castelo da Vida, lugar onde nunca pensei chegar. Afinal bastava empurrar gentilmente mas com vontade, as várias portas do Castelo e a Vida, Rainha do Tempo, estava logo ali pronta a receber-me de braços abertos e a mostrar-me o caminho, pelo meio do labirinto dos Sonhos... 
Mikashi/CL

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A relatividade do dinheiro

Hoje aconteceu-me uma coisa curiosa que me fez pensar no valor do dinheiro...quis ir comprar qualquer coisa à máquina para comer à tarde e não tinha moedas trocadas...e não consegui que me trocassem dinheiro...ou seja..não consegui comprar o que queria. Mas tinha dois dólares em moedas na carteira que sobraram da minha viagem e que apesar de dar em euros a quantia certa para comer o que queria...não serviam para nada! Ou seja, é tão relativo este valor do dinheiro...e pronto apeteceu-me filosofar sobre isto! Mikashi/CL

sábado, 17 de novembro de 2012

A iliteracia das estrelas...

Troquei as estrelas do meu céu, aquelas que se fundiram no último suspiro de um adeus que nunca se ouviu...Trepei degrau a degrau a escada da minha vontade e montei uma a uma novas estrelas de luz bem viva, preenchidas por um filamento mais resistente a curto-circuitos de um coração em alta-voltagem, emitindo códigos que só sabem ler aqueles que conhecem a linguagem iluminada dos códigos da Alma...E que a iliteracia dos corações-cegos não seja um eclipse em noite lunar... 

Mikashi/CL

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Verdades

"Sigo a vida conforme o roteiro, sou quase normal por fora, pra ninguém desconfiar. Mas por dentro eu deliro e questiono. Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, uma alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e quero sem fim. Não cresci pra viver mais ou menos, nasci com dois pares de asas, vou aonde eu me levar. Por isso, não me venha com superfícies, nada raso me satisfaz. Eu quero é o mergulho. Entrar de roupa e tudo no infinito que é a vida. E rezar – se ainda acreditar – pra sair ainda bem melhor do outro lado de lá.”

(Fernanda Mello)